25 junho 2009

Dois eléctricos históricos, o 100 e o 104

A circulação de veículos de tracção animal sobre carris para transporte de passageiros, no Porto, iniciou-se em 1872 no percurso do Infante a Matosinhos, pela beira-rio, a cargo da Companhia do Carril Americano do Porto até à Foz e Matosinhos. Esta empresa já se tinha fundido com a Companhia de Carris de Ferro do Porto quando, em 1896, se iniciou a electrificação da linha marginal, concluída no ano seguinte. Os carros até ali puxados por mulas passaram então a circular atrelados aos veículos de tracção eléctrica.





O 104, nas fotos acima, foi motorizado em 1895 e circulou, modificado, nas ruas do Porto durante 85 anos, até 1980. Estes dados, do Museu do Carro Eléctrico, contradizem os do interessante sítio de Ernst Kers, que vale a pena conhecer, dedicado aos eléctricos do Porto. Aqui, o 104 é-nos apresentado como utilizado na instrução até 1959 e dado como desmantelado em 1964.
O actual veículo é uma réplica construída a partir de outro eléctrico, em 1994.





O 100, que tem como particularidade as aberturas laterais, é também, segundo o museu, uma réplica de um veículo construído na primeira década do século XX, que ardeu num incêndio na estação da Boavista em Fevereiro de 1928, conjuntamente com outros vinte e dois eléctricos, quatro atrelados e duas zorras
A reconstrução deste carro, de acordo com o original, realizou-se em 1995.

23 junho 2009

Hoje é o dia da grande noite





As imagens acima são de arquivo porque este vosso fotógrafo decidiu “ir ao S. João” liberto da máquina fotográfica para melhor usufruir da festa. Com esta mostra, composta pelo fogo e pelas gentes – dois elementos fundamentais da velha celebração nortenha -, ficam aqui os meus votos de uma noite rija para todos.

19 junho 2009

Douro Faina Fluvial



O documentário Douro Faina Fluvial, com o qual Manoel de Oliveira entrou em 1931 no mundo do cinema, retrata a fervilhante e sofrida actividade ribeirinha, numa época em que o rio era uma das principais vias de acesso de mercadorias à cidade.

A lida fluvial entretanto mudou. Hoje a faina é do turismo e do lazer. Na foto, um grupo de remadores do centenário Sport Clube do Porto recolhe o seu caiaque no cais de Gaia.

16 junho 2009

Uma cidade



Uma cidade pode ser
apenas um rio, uma torre, uma rua
com varandas de sal e gerânios
de espuma. Pode
ser um cacho
de uvas numa garrafa, uma bandeira
azul e branca, um cavalo
de crinas de algodão, esporas
de água e flancos
de granito.
                       Uma cidade
pode ser o nome
dum país, dum cais, um porto, um barco
de andorinhas e gaivotas
ancoradas
na areia. E pode
ser
um arco-íris à janela, um manjerico
de sol, um beijo
de magnólias
ao crepúsculo, um balão
aceso
numa noite
de Junho

Uma cidade pode ser
um coração,
um punho.

Albano Martins

09 junho 2009

Quem são?



São duas figuras públicas portuenses que, nascidas noutras latitudes, adoptaram a cidade para viver. Aqui trabalham e aqui cresceram para as letras. Quem são?

Não é difícil, o texto e a imagem não deixam margem para dúvidas.

O autor, ou a autora, da primeira resposta certa, publicada na caixa de comentários, terá como prémio uma fotografia do blogue à sua escolha, impressa no formato 20cmx30cm.

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Adenda
10Jun2009

À esquerda está Germano Silva que, nascido em Penafiel em 1931, veio para o Porto em criança. Fez-se jornalista e, mais tarde, cronista urbano e historiador do Porto. À direita Richard Zimler, natural de Nova Iorque onde nasceu em 1956; veio para o Porto em 1990, como professor de jornalismo, e a partir da nossa cidade publicou sete romances nos últimos doze anos.

A fotografia retrata-os na Feira do Livro, no Sábado passado, tal como os identificou o visitante Pedro Leitão. O Pedro deverá indicar que foto do blogue pretende e o endereço postal para onde deverá ser enviada.

À minoria que participou neste passatempo, o meu obrigado.

06 junho 2009

The Famous Miguel Bombarda



Hoje, na Famous Miguel Bombarda, voltou a acontecer o milagre da multiplicação de exposições simultâneas em inúmeras galerias de arte.



Ao mesmo tempo o insólito transbordava para a rua: enquanto dois cupidos, um tanto desajeitados, resistiam às investidas do Movimento Contra o Amor, ...



... entre apelos à reciclagem do dito ...



... havia um grupo animado que a troco de uma moeda se propunha envolver-nos num abraço de palhaço - seja lá o que isso for - e a pôr-nos o nariz vermelho perante o olhar complacente de um ou outro morador local.



Quem sabe? Talvez isto seja aquilo de que precisamos para passarmos um final de tarde diferente e bem disposto.