24 junho 2010

De novo de velas ao vento



Hoje, pelas 12h30, ocorrerá a XXVII Regata de Barcos Rabelos, organizada pela Confraria do Vinho do Porto.
As primeiras regatas, realizadas nos anos oitenta, começavam cedo, pelas oito horas da manhã, para aproveitar uma corrente de ar que habitualmente se forma após o nascer do Sol e irrompe pelo vale do Douro. A essa hora a cidade estava ainda adormecida, repousando da noite de São João. Mais tarde, quando se constituíram como cartaz turístico, as regatas passaram a acontecer no final da manhã.
Esta será mais uma oportunidade para apreciar estes belos barcos a navegar entre o Cabedelo e a Casa Sandeman, e assinalar as diferenças (no formato, na dimensão, na locomoção) entre um rabelo e as barcaças embandeiradas que actualmente transportam turistas rio acima, rio abaixo, cumprindo apressadamente o circuito de observação das pontes.
A foto é do final dos anos oitenta.

21 junho 2010

O maior aterro clandestino do país em Gondomar

O Estado Português constituiu o maior aterro clandestino do país em S. Pedro da Cova, Gondomar, onde depositou ilegalmente 320 000 toneladas de resíduos tóxicos provenientes da Siderurgia Nacional, que funcionou na Maia durante 24 anos sem licença. A investigação, levada a cabo pela incómoda TVI, descobriu que a operação foi organizada por uma empresa pública e um consórcio privado que entretanto desapareceu, o que, segundo aquela televisão, pode indiciar fraude fiscal, lavagem de dinheiro e corrupção de políticos eleitos e gestores públicos e privados.

A ver em O Estado do Crime, no Nortadas.

20 junho 2010

O Porto não é capital de coisa nenhuma

"(...) o Porto não é capital de coisa nenhuma a não ser de si próprio, da sua diferença, do orgulho da Inquisição que nunca lá ficou, da memória dos grandes comerciantes que ali mandavam e que faziam leis para si próprios não permitindo que os nobres pernoitassem na sua cidade nem obedecendo a regras que viessem de fora. O Porto sempre teve como ambição mais elevada que o deixassem em paz para se poder governar a si mesmo e não aos outros.
(...) Porto, Viana, Aveiro e Braga têm de ser a voz daqueles a quem o centralismo tornou afónicos."

A ler na crónica de Carlos Abreu Amorim publicada no Notícias Magazine e no Blasfémias.

15 junho 2010

Payassu - O Verbo do Pai Grande, na Sé do Porto

QUARTA-FEIRA, 16 DE JUNHO, ÀS 21H00

A Direcção Regional de Cultura do Norte e a Diocese do Porto apresentam amanhã na Sé o espectáculo «Payassu: o Verbo do Pai Grande», uma produção do Teatro das Formas Animadas, de Vila do Conde, a partir da adaptação teatral do Sermão de Santo António aos Peixes, do Padre António Vieira. Trata-se de um espectáculo performativo pluridisciplinar que envolve a fusão entre o teatro, recursos tecnológicos multimédia e técnicas da oratória barroca.
A Direcção Regional de Cultura do Norte assinala assim a abertura do ano comemorativo do centenário da publicação do documento legal fundador da salvaguarda do património edificado em Portugal, o Decreto de 16 de Junho de 1910, que classificou quatrocentos e sessenta e sete imóveis com o grau de Monumento Nacional. Cento e sessenta e quatro deles encontram-se na actual circunscrição da D.R.C.N. que tem afectos a si vinte e dois imóveis.

14 junho 2010

O Parque Oriental

Transformar um espaço compartimentado e acidentado de campos num contínuo natural, relvado, arborizado e com uma rede de caminhos onde as pessoas tenham prazer em passar uns tempos livres em sossego. Foi assim que o arquitecto Sidónio Pardal definiu o trabalho realizado nos primeiros dez hectares do Parque Oriental da Cidade, aberto ao público há dias.

O espaço, sendo do mesmo projectista, tem semelhanças com o Parque da Cidade, na zona ocidental do Porto, no entanto apresenta características diferentes, da modelação do terreno à vegetação e ao facto de integrar o rio Tinto que, apesar de não ser o rio sujo que foi outrora, precisará de ser despoluído.

Se o projecto vier a ser executado na íntegra – não há qualquer data para a continuação da obra - o parque deverá ocupar uma área cinco vezes maior, ao longo do vale do rio, entre Pego Negro e o Freixo, na freguesia de Campanhã.