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27 agosto 2010

Heróis da Ribeira



A ponte ...



... a hesitação do André, de 8 anos ...



... e o salto da Tatiana, de 11 anos.





10 agosto 2010

Pontos de vista #2



Qual seria o motivo de tanta atenção, imaginem lá... não era o fotógrafo que estava do lado oposto, divertido com o que observava. Era a Igreja de Santo Ildefonso.

04 agosto 2010

O Douro Queen



Os cruzeiros no rio Douro são hoje anunciados, internacionalmente, em pé de igualdade com outros cruzeiros nos rios europeus, do Danúbio ao Reno, do Elba ao Sena ou ao Ródano.
Cumprida, ao longo de anos de exigências para com o poder central, a vontade do Douro navegável, falta agora reabrir a linha do caminho-de-ferro paralela ao rio, que ligava o Porto a Barca d’Alva e hoje fica pelo Pocinho. A linha do Douro para além da Régua, tal como tem acontecido com a do Tua e sucedeu com outras definitivamente encerradas, tem sido vítima de decisores estranhos ao desenvolvimento da região norte, gente que lhe tem aplicado a fórmula consabida: incompatibilizam-na com os passageiros para depois a fecharem, alegando que não tem procura.

Na fotografia vemos o Douro Queen (sic), um dos barcos que ligam o Porto a Vega Terrón, na região de Salamanca, passando sob a ponte da Arrábida.

07 agosto 2006

Agosto no Porto

Primeiro vem a ameaça, no mês de Julho, com fogos de média dimensão um pouco por todo o distrito, a anunciar a catástrofe.


O céu a nordeste...

Quando chega Agosto basta a temperatura subir um pouco e o inferno aí está, invariavelmente, espelhado no céu. Foi assim no Sábado e no Domingo. O fumo no ar, a atmosfera irrespirável, o cheiro a madeira queimada que penetra em tudo...
Hoje de manhã, porém, o horror foi maior - como se fosse possível. O Sol, de um dia anunciado com céu azul e limpo, nasceu encoberto por um espesso manto de fumo, entre o negro e o amarelado da luz solar, que cobriu a cidade e fez as aves recolherem.


... e a noroeste

O monstro estendia-se por quilómetros, de nascente a poente, e ali esteve durante horas, ameaçador, largando cinzas ao vento. Depois dissipou-se em neblina, pairando ainda por aí neste fim de dia sufocante em que a rotina voltou a instalar-se.
Ontem em Paredes, hoje em Valongo, amanhã... não interessa. Já não acredito. É assim há anos. O festim dantesco continuará a desenrolar-se em Agosto, perante a indiferença e a inconsciência colectiva, até que se instale o deserto e nada mais haja para arder.

12 agosto 2005

No Molhe - 2



Numa placa mal conseguida, colocada há alguns anos no Molhe, pode ler-se: «Em meados do século XIX era já funcional este porto de abrigo, o porto de Carreiros, para facilitar o desembarque de passageiros, correio e bagagens a partir de navios fundeados ao largo quando a vasante (sic) na barra do Douro não dava entrada».

Isto é, o Molhe foi construído como paliativo porque não era a solução definitiva para o problema da barra. Essa viria mais tarde com a abertura do Porto de Leixões e o consequente abandono do Porto do Douro.

Houve, entretanto, outras soluções para amolecer a entrada do rio, como o aterro do Passeio Alegre, onde assenta o actual jardim, e o paredão em cuja extremidade está o Farol de Felgueiras.



O Molhe, que cumpriu a sua missão de cais e deu nome a uma rua e a um lugar, ficou para o presente como uma fenda de terra no mar, um agradável miradouro que nos permite observar com algum recolhimento a praia e o casario da Foz.



Com um pouco de imaginação é até possível olhá-lo como um enorme e pesado batelão orientado para o Atlântico Sul, a navegar, a navegar...

04 agosto 2005

Não é neblina, é fumo!



Assim foi hoje de manhã. Enquanto uma voz sorridente anunciava na rádio «bom tempo», eu tinha diante de mim indícios de um cenário dantesco: toda a cidade do Porto coberta pelo fumo proveniente dos fogos florestais que devoravam aquilo que resta dos bosques do distrito mais incendiário de Portugal.

Continuamos, Verão após Verão, a provocar alegremente o fogo nas matas por todo o país. A tragédia é anunciada pela manhã com o eufémico «bom tempo» e é-nos servida como grande espectáculo pelas televisões ao entardecer.

Miserável esta terra que se deixa arder e a ficar a ver.