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21 maio 2014

O Porto visto do alto - XV

A Rua dos Heróis e Mártires de Angola.

13 maio 2014

07 maio 2014

O Porto visto do alto - IX

A escultura em bronze a Almeida Garrett, que tanto honrou o Porto como liberal, como cultor das letras e como político, é da autoria de Salvador Barata Feyo e foi inaugurada em 1954.

Aqui, aparece numa perspectiva pouco comum que nos permite observar a inserção do conjunto do monumento, composto pela plataforma em granito, pelo plinto e pela escultura em si, no espaço da que outrora foi Praça do Município - que mudou de nome em Abril de 1974 para Praça do General Humberto Delgado. Teria sido mais acertado se tivessem dado o nome do poeta a esta praça, e o do General à actual Praça de Almeida Garrett, que teria mudado apenas mais uma vez de nome, depois de ter sido chamada Praça do Terreiro, Terreiro das Monjas, Terreiro de S. Bento, Largo da Feira de S. Bento, Praça de S. Bento das Freiras, e Largo de S. Bento da Avé Maria.

04 fevereiro 2013

O Porto visto do alto - VII

Em 1951, a propósito da inauguração do Palácio Atlântico, o escultor Barata Feyo (1899-1990), então professor na Escola Superior de Belas-Artes do Porto, enumerou, num pequeno escrito, aquilo que considerava ser o património artístico da Praça D. João I. Referia, então, a decoração do Teatro Rivoli, do escultor Henrique Moreira (1890-1979); os baixos-relevos policromados de João Fragoso (1913-2000) no Café Rialto, que deu lugar a um banco; os frescos alusivos às artes, de Dórdio Gomes (1890-1976) e Guilherme Camarinha (1912-1994), no mesmo café; um «desenho de grandes proporções e precário colorido» que encheu uma das paredes do Rialto, de Abel Salazar (1989-1946) e, por fim, a «cerâmica colorida e requintada» com que Jorge Barradas (1894-1971) decorou a entrada e o pórtico do edifício. Não era pouco para uma praça que nem sequer é grande.

Jorge Barradas foi escolhido para desenvolver aquele trabalho por Artur Cupertino de Miranda (1892-1988), o fundador, nos anos 40, do Banco Português do Atlântico e impulsionador da construção do Palácio Atlântico, onde o banco teve a sua sede, num tempo em que havia poder económico e financeiro na cidade.

As dimensões do Palácio Atlântico impuseram-se de tal modo que acabaram por ditar, em conjunto com a inclinação do terreno, o desenho da parte central da Praça D. João I, com o socalco onde assenta a colunata limitado por dois pedestais - que suportam os corcéis esculpidos mais tarde por João Fragoso - e duas amplas escadarias laterais com dois lanços, formando uma espécie de concha.

Nas imagens vê-se o Palácio Atlântico, com a fachada remodelada, donde desapareceram os azulejos de revestimento criados por Jorge Barradas, e a Praça D. João I despida de gente pelas 18h00 de um dia de Janeiro, hora que há alguns anos seria considerada «de ponta», o que significa que a praça estaria a ser atravessada por milhares de pessoas no vai e vem diário do final de um dia de trabalho.

23 janeiro 2013

O Porto visto do alto - VI

Sá da Bandeira teve uma vida longa e bem preenchida. Fidalgo, militar e político viveu num período conturbado do século XIX, prenhe de revoluções, golpes e contra-golpes. A rua que tem o seu nome homenageia este liberal que perdeu o braço direito em combate, durante o Cerco do Porto, no Alto da Bandeira, em Gaia, onde hoje fica a Rua Marquês de Sá da Bandeira e o Largo dos Aviadores.

A Rua de Sá da Bandeira foi aberta em quatro fases. A primeira para ligar a actual Praça da Liberdade à Rua do Bonjardim, em 1842. Em 1879 foi aberto o troço até à Rua Formosa, e só em 1911 chegou à Rua de Fernandes Tomás. A ligação à Rua de Gonçalo Cristóvão só ocorreu nos anos 40 do século passado.

A imagem mostra-nos o cruzamento da Rua de Sá da Bandeira, no Porto, com a Rua de Passos Manuel. Como curiosidade diga-se que Passos Manuel, outro reformador, foi ministro de um dos cinco governos formados por Sá da Bandeira entre 1836 e 1870.

21 janeiro 2013

O Porto visto do alto - V

Curiosamente esta é uma das ruas do Porto que nunca mudou de nome. Recebeu o de Passos Manuel, figura proeminente do início da monarquia constitucional, em Abril de 1877. A primeira parte da rua, entre Sá da Bandeira e Santa Catarina, foi aberta em terrenos doados à cidade por D. Antónia Ferreira, a Ferreirinha. Mais tarde, a rua foi prolongada até à Praça dos Poveiros. Na imagem destaca-se, emergindo do casario para o céu, a torre do Coliseu, inaugurado em 1941.

17 janeiro 2013

O Porto visto do alto - IV

Para além da vista do conjunto de alguns edifícios que caracterizam o centro do Porto esta imagem apresenta-nos uma curiosidade que é menos perceptível ao nível do solo: o traçado que a longa rua do Bonjardim tinha antes das demolições dos anos 40, que deram origem à Praça D. João I. A feliz ideia foi dos arquitectos que renovaram aquela praça em 2001, quando o Porto foi Capital Europeia da Cultura. Daqui para cima a rua continua estreita e tortuosa, seguindo a trajectória secular da estrada que ligava o Porto medieval à cidade de Guimarães.

16 março 2012

O Porto visto do alto - III

Vista do cimo das torres da Igreja da Lapa a cidade revela-se diferente das imagens anteriores. Aparte o quartel, que já foi general, aqui não há lugar para grandes construções, para os grandes blocos residenciais, mas sim para pequenos edifícios de grandes empenas cegas, com alguns metros de frente e fundos extensos – que outrora foram quintais e jardins - nascidos das matrizes oitocentistas, de que persistem alguns exemplares, decadentes, com belas fachadas em que predominam o granito e o ferro forjado. O cemitério, enquanto cidade dos mortos, obedece à mesma regra de aproveitamento do espaço dos vivos. Construído em socalcos no monte da Lapa, num sobe e desce de patamares, aparece embutido no casario. No horizonte, para sul, perfila-se a outra parte da mesma mancha urbana, Gaia. Para sudoeste observamos a Boavista e o Cabedelo; a norte o Marquês e os condomínios de Damião de Góis.
Clique nas imagens para as ver maiores

12 março 2012

O Porto visto do alto - II

A Rua Prof. Mota Pinto.



























A Via de Cintura Interna entre o viaduto das Andresas e a Prelada.


O casario do Pinheiro Manso, a zona do Aviz - ao centro - e, ao fundo à direita, o arvoredo do Parque Desportivo do Inatel.

06 março 2012

O Porto visto do alto - I

O Porto não é uma cidade onde abundem os edifícios altos. Há até por cá quem tenha um preconceito contra essas construções que modelam, e bem, tantas cidades de grande e média dimensão.

Entre o Bessa e o Foco

Até ao início da segunda metade do século XX, a cidade, vista de Gaia, manteve o perfil que foi sendo construído nos séculos anteriores. Do casario de altura média emergiam, como pontos mais altos, as torres das igrejas dos Clérigos, do Bonfim e da Lapa. Só no fim dos anos 40 do século XX despontou uma nova torre, a da Igreja da Senhora da Conceição, fazendo companhia às demais.

Nos anos 60 surgiram outras torres no centro da cidade, que alteraram o perfil do Porto, estas já não de carácter religioso, mas profano: a da cooperativa O Lar Familiar, em Gonçalo Cristóvão, a do Hotel D. Henrique, a do Jornal de Notícias e a da Cooperativa dos Pedreiros, na rua de D. João IV. A ocidente, já fora do centro, construíram-se na mesma época as torres da Varanda da Barra e, mais tarde, as da Pasteleira. O perfil do Porto mantem-se de então para cá com poucas alterações, porque as construções altas que foram aparecendo nos últimos 30 anos, vêem-se mal ou não são mesmo visíveis, quando observamos a cidade da margem sul do Douro. Do cimo dessas torres obtemos, no entanto, uma percepção da urbe diferente daquela a que estamos habituados no dia-a-dia, quando circulamos pelas ruas “presos ao chão”.

É esse panorama, pouco comum, que irá sendo mostrado aqui, conforme forem sendo vencidas as dificuldades de acesso a alguns dos edifícios altos do Porto.

A Avenida do Bessa e a Escola Fontes Pereira de Melo