13 abril 2011

Procuram-se ideias para a Praça de Lisboa

O colectivo Esta é a minha cidade? está organizar, com o apoio da revista punkto e da aefaup, um concurso de ideias para a Praça de Lisboa, sob o nome: NO RULES, GREAT SPOT! PROCURAM-SE IDEIAS PARA A PRAÇA DE LISBOA | PORTO.
O concurso que terá como juris Pedro Bandeira (Arquitecto), João Fernandes (Director Museu de Serralves), Nuno Grande (Arquitecto) e Catarina Portas (Loja Vida Portuguesa), pretende relançar o debate urgente sobre a reabilitação urbana e sobre o uso dos espaços públicos da cidade do Porto.

Partindo do caso paradigmático da Praça de Lisboa, que foi objecto de um outro concurso altamente exclusivo e complexo da CMP e da SRU-Porto Vivo, tendo deixado de fora tanto arquitectos como cidadãos, o NO RULES, GREAT SPOT! pretende, por um lado, afirmar a importância dos concursos de arquitectura como modo de participação da sociedade e dos arquitectos nas decisões políticas e nos destinos do projecto colectivo que é a cidade. Por outro lado, quer também fazer da reabilitação urbana um projecto mais partilhado e informado, mais participado e discutido. Mais que eleger este ou aquele projecto, esta ou aquela imagem, este concurso quer, acima de tudo, convocar todos, cidadãos e arquitectos, a discutirem o futuro da sua cidade e a reclamarem esse direito fundamental: o direito à cidade, o direito a participar na cidade!

Agradecemos a vossa ajuda na divulgação deste concurso, que não é apenas mais um concurso de ideias, mas a forma de afirmarmos, enquanto cidadãos e/ou arquitectos, que também podemos ter algo a dizer sobre a cidade e sobre este processo de reabilitação urbana, que tem seguido silenciosamente mas cujas marcas e consequências poderão ser não mais que irreversíveis.
Conto também com as vossas propostas e ideias até 31 de Maio. O formato da entrega é digital e deverá ser enviado por mail - toda a informação em www.norulesgreatspot.com!

+ informações sobre o No Rules, Great Spot!
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Bernardo Amaral / Esta é a minha cidade?

30 março 2011

Uma mais-valia para a cidade

Foi no espaço onde existiu o Café Astória, que Pilar Monzon, a afável directora geral do InterContinental Porto Palácio das Cardosas, recebeu um grupo de bloggers para um pequeno-almoço e uma visita guiada àquilo que será o futuro hotel de luxo da Praça da Liberdade.


O novo Café Astória

Do antigo Palácio das Cardosas, como é sabido, só restava a fachada; o interior, que datava do início do século XIX, tinha sido demolido para aí instalar um banco, nos anos 60 do século passado. Apesar disso, uma das opções dos novos ocupantes daquele espaço foi construir o hotel tendo presente a arquitectura neoclássica da frontaria, o que é notório nos pés-direitos dos quartos e também nas “pedras, nos estuques, nas madeiras e nos azulejos”, obras, assinala Pilar, de artesãos da região do Porto. “Queremos que os portuenses frequentem o hotel”, para isso “tê-lo-emos de portas abertas” para a cidade, com o Café Astória, um restaurante e um bar. O hotel deverá abrir antes da noite de S. João.

O Hotel InterContinental representa, na depauperada baixa do Porto, um investimento de 30 milhões de euros, e criará 75 postos de trabalho. Terá 105 quartos e 16 suites. Se tivermos em conta que o grupo a que pertence possui 4 500 hotéis em todo o mundo – dos quais 170 são da InterContinental – e a capacidade de mobilização desta cadeia para o nascente turismo portuense, concluiremos que se trata de uma importante mais-valia para a cidade.

12 março 2011

Um País à Rasca

Pacífica e até festiva, foi como decorreu a manifestação apartidária da Geração à Rasca, convocada para hoje na Praça da Batalha, no Porto, e em mais 10 cidades do país. A praça acabaria por se revelar pequena para conter a multidão que ali afluiu. Os manifestantes desfilaram então pelas ruas de Santa Catarina, Fernandes Tomás e Sá da Bandeira, em direcção à Avenida dos Aliados. Aqui a multidão tinha aumentado, falando-se em 80 mil pessoas presentes.



A participação de tanta gente, de todas as gerações, numa tão grande manifestação, indicia algo que vai muito para além da reclamação de trabalho e de um salário digno – que o Estado não pode nem deve, jamais, garantir. O que está latente é a mudança de regime político, porque este, ao encher o ventre à tripa-forra, há muito que se corrompeu e faliu nas suas obrigações primárias de garantia de funcionamento das instituições nacionais. Venham outros actores, venha OUTRA REPÚBLICA!